Uma noite de cantoria e cordel com o Mestre Jorge



 Mestre Jorge Calheiros recria aspectos do cotidiano com rima e sonoridade

por Paula Newton

O  mestre Jorge Calheiros faz literatura de cordel há 37 anos. Autodidata, ele conta que foi apresentado ao mundo da leitura pela irmã e sua primeira expressão nesse universo foi seu nome escrito com uma pedra de carvão. Desde então, apaixonou-se pelas palavras e tornou-se referência na arte de contar histórias, ofício que lhe garantiu o título de Mestre do Patrimônio Vivo de Alagoas.

Aos 75 anos, o cordelista tem 108 títulos publicados. Em seus textos, ele mistura humor, romance, drama, crítica para contar histórias do cangaço, crendices, sátiras políticas e aspectos do cotidiano alagoano.
Natural do município de Pilar, ele afirma que quando era criança e morava na zona rural, só existia uma pessoa que sabia ler e escrever na vizinhança. Quando anoitecia, era comum as crianças se reunirem em volta de uma fogueira para escutar a leitura de livros infantis.

“Quando o livro era muito volumoso, era lido como capítulos de novelas, e a cada recomeço, era falado um pouco do capítulo anterior. Era uma grande expectativa a chegada da noite porque sabíamos que tinha continuação da história”, lembra, emocionado, Jorge Calheiros .
Calheiros não teve o privilegio de ir à escola. Seu pai dizia, segundo o mestre cordelista, que ele deveria ajudar em casa, que estudar não levava a lugar nenhum. “Lembro-me como hoje, a única que estudou foi minha irmã. Eu ficava muito triste quando ela saía para a escola. Não por ela, mas porque eu não podia ir. Mas quando ela voltava da aula, eu não sossegava enquanto ela não me contasse o que havia sido dito na aula”, afirmou.

Mestre Jorge relatou que seus cordéis juntam fatos do cotidiano com personagens nascidos da inspiração. Mas tem um segredo: se não tiver o dom para contar uma história com rima e sonoridade, o cordel perde o sentido. “É a junção dos fatos reais com um acréscimo de lenda, mas o segredo do cordel está na boa rima. Se não tem, é porque esta com muita letra ou com menos, aí não dá certo”, disse.

Entre os 108 cordéis que publicou, Calheiros destaca dois entre os mais importantes: Não queira drogas, rapaz – voltado aos adolescentes e o Conselho de um velho pai, o único que fala de sua vida. Interessados no trabalho do mestre Jorge Calheiros podem entrar em contato pelo telefone 8834-9562.

 
Mestre Jorge Calheiros recria aspectos do cotidiano com rima e sonoridade
  Jorge Calheiros transforma o cotidiano com rima, sonoridade e inspiração

Fonte: Agência Alagoas 

Agora é lei... Parabéns aos religiosos de matriz africana de Alagoas por mais essa conquista.


LEI Nº 7.384, DE 12 DE JULHO DE 2012.

INSTITUI NO CALENDÁRIO OFICIAL DO ESTADO DE ALAGOAS O DIA DE RESISTÊNCIA
DA RELIGIOSIDADE AFRO- BRASILEIRO – DIA DE IEMANJÁ, A SER COMEMORADO NO
DIA 8 DE DEZEMBRO DE CADA ANO.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Faço saber que o Poder Legislativo Estadual decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído no calendário oficial do Estado de Alagoas o Dia de Resistência da Religiosidade Afro-brasileiro – Dia de Iemanjá.
Art. 2º A data deverá ser comemorada anualmente no dia 8 de dezembro, em todo o Estado.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO REPÚBLICA DOS PALMARES, em Maceió, 12 de julho de 2012, 196º da
Emancipação Política e 124º da República.

TEOTONIO VILELA FILHO
Governador

Festa de Oxum



Oficina de Dança



Coletivo AfroCaeté no palco do Arena pela segunda vez



Apresentação "Uma batida entre sopros e cordas" em 2010, Teatro de Arena  Sérgio Cardoso

 No aniversário de 40 anos do Teatro de Arena Sérgio Cardoso a DITEAL selecionou 16 espetáculos nas áreas de Música, Teatro Infantil e Cultura Popular, que formam o projeto Quintas no Arena. As apresentações acontecerão todas as quintas, às 19h, a partir do dia 12 de julho de 2012, estendendo-se até o dia 08 de novembro.
O Coletivo AfroCaeté teve a honra de ser um dos selecionados deste ano. Em 01 de novembro estará mais um vez no palco do Arena com o espetáculo "Uma batida entre sopros e cordas II", deste vez, com músicas instrumentais e composições do grupo. 
A primeira apresentação do grupo no Teatro de Arena aconteceu em 04 de novembro de 2010, também pelo projeto Quintas no Arena, com uma apresentação em completo instrumental. A segunda versão do espetáculo “Uma Batida entre Sopros e Cordas” trará novidades como a presença de vocais em algumas músicas e novos convidados.  
Segundo o Diretor artístico da DITEAL, Alexandre Holanda: “O Teatro de Arena tem um histórico muito bonito na cena artística de Alagoas e o Quinta no Arena tem por objetivo fazer com que um público cada vez maior o conheça e à produção cultural de nosso estado, revelando novos talentos num espaço aconchegante, como o nosso ‘Arena’”, finalizou.[1]


Confira toda a programação do Quintas no Arena no link:


[1] Extraído do blog da assessoria de comunicação do Teatro Deodoro, em 26 de junho de 2012. www.ascomteatro.blogspot.com
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