ENSAIO ABERTO ESPECIAL CONSCIÊNCIA NEGRA (2018)



No próximo sábado, 10 de novembro de 2018, às 14h, o Coletivo AfroCaeté realizará um Ensaio Aberto especial para celebrar a Consciência Negra. Na programação, além do Coletivo AfroCaeté, a cantora Mel Nascimento e banda; o grupo de dança Àfojubá; a banda de samba reggae Afro Mandela; o músico Izaías Chico e, pela primeira vez no Brasil, o multi-instrumentista africano Karamoko Sanogo, da Costa do Marfim.  Então, daremos as boas-vindas a ele com batuque e festa. 

A programação inclui ainda uma roda de conversa com Tininho (Ganhador do Prêmio Cultura Populares 2018) e com representantes do grupo Afro Mandela. E uma performance percussiva de Yuri Guimarães. 

Sobre KARAMOKO  SANOGO...
Kako é artista, cantor, compositor e multi-instrumentista. Nasceu em uma família de griôs na Costa do Marfim.  Ainda criança descobre instrumentos tradicionais com seu pai e seus irmãos mais velhos, depois segue seu treinamento com grandes mestres locais. Curioso e dedicado, se interessou pela Kora (instrumento de corda semelhante ao berimbau). Aprendeu a cantar. Descobre a flauta, a qual se dedica a estudar de forma autodidata até ir para a Guiné aperfeiçoar-se. 

Foi recrutado em 2002 pela cantora Kady Diarra para sua turnê na Europa. Essa turnê marcará seu desejo de viajar e conhecer outros músicos de diferentes estilos, ao mesmo tempo em que aprimora sua própria cultura. Assim, ele formou um grupo de crianças que ele liderou em turnês europeias em 2004, 2008 e 2010. A maioria dessas crianças já se tornaram adultos e artistas talentosos e reconhecidos. 

Fiel ao seu desejo de criar e de reunir as diferenças ele irá integrar vários grupos em Toulouse, França, onde agora reside. Forma seu próprio grupo ENSEMBLE KINKELIBA que tem 10 artistas de diversas origens misturando hip hop, circo, danças e música afro contemporânea. Viajou por 3 anos em turnê com esta trupe antes de se dedicar ao seu projeto solo onde combina a música tradicional com kora e ngoni, e música contemporânea com o bombo, gaita e instrumentos modernizados.

Ele também acompanha muitos dançarinos e contadores de histórias, onde sua música enriquece a história. Com todas essas experiências ele viaja com sua arte por diversos lugares pelo mundo compartilhando seu talento e gentileza.



Prêmio Culturas Populares 2018 – Edição Selma do Coco


RECONHECIMENTO... MERECIMENTO!

É oficial! O Ministério da Cultura (MinC) divulgou os ganhadores da 6ª edição do Prêmio Culturas Populares 2018 – Edição Selma do Coco... Parabéns Tininho (Clemente Soares da Silva) e parabéns Destaladeiras de Fumo de Canafístula e Canarraiá (Arapiraca), premiados alagoanos!

O Prêmio Culturas Populares é uma iniciativa do Ministério da Cultura que premia quem trabalha diariamente para fortalecer e dar visibilidade a atividades culturais de todo o Brasil, como o cordel, a quadrilha, o maracatu, o jongo, o bumba meu boi e o cortejo de afoxé, entre muitos outros. O Prêmio Culturas Populares premia iniciativas culturais de mestres, mestras, grupos e instituições privadas sem fins lucrativos.

A cada ano, o prêmio homenageia um representante consagrado da cultura popular. Nesta edição, a homenageada foi a cantora pernambucana Selma Ferreira da Silva, a Selma do Coco, falecida em 2015. Este ano Alagoas teve dois premiados: Clemente Soares da Silva (Mestre) e Destaladeiras de Fumo de Canafístula e Canarraiá (Grupo/Comunidade).


Clemente Soares da Silva (Tininho), tem 62 anos, descobriu a dança ainda adolescente em Belo Horizonte (MG), lugar onde nasceu. Lá em BH, tornou-se discípulo da mestra de dança Marlene Silva. No final da década de 1980 deixa a terra onde nasceu e vem morar em Maceió. Aqui, foi um dos pioneiros na difusão da dança, participou da fundação de um dos primeiros grupos de dança afro de Alagoas, o Palmares. E, depois, da fundação do Imòlé Orúm que atuou durante 10 anos, fomentando e disseminando os valores das nossas raízes negras e indígenas. Atualmente mora no bairro Ipioca e, entre outras ações, coordena o grupo Àfojubá, formados por jovens de diversas localidades. Atuou e atua em diversas comunidades quilombolas, escolas públicas e localidades periféricas em Alagoas.


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