NOTA DE SOLIDARIEDADE AO GRUPO MARACATU BAQUE MULHER




O Coletivo Afrocaeté se solidariza com o grupo @baquemulhermatinhos (PR), que no dia 22 de janeiro de 2020 foi vítima de uma abordagem arbitrária e abusiva feita pela Polícia Militar do Estado, tendo alguns de seus instrumentos apreendidos para serem levados à delegacia, como se fossem armas letais, e uma de suas integrantes insultadas por um dos oficiais. .

O maracatu, assim como todas as manifestações da cultura negra brasileira, sofreu e ainda sofre com o silenciamento efetuado pela sociedade e por instituições do Estado que não compreendem a importância da contribuição da população negra na formação e desenvolvimento social, econômico e cultural do país.

Sendo um grupo composto majoritariamente por mulheres, várias delas mulheres negras, tendo à frente uma mestra mulher que cresceu e amadureceu com o maracatu, tendo uma contra-mestra também mulher e atuando em um espaço onde ocorreu um dos mais cruéis episódios de violência contra as religiões de matriz africanas (o quebra de 1912), nós, membras e membros do Coletivo Afrocaeté tornamos pública nossa consternação com o episódio, cobramos posição das entidades de defesa dos direitos da mulher e esperamos que situações como esta deixem de ser comuns no cotidiano de quem luta pela justiça, igualdade social e racial e pela cultura popular.
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