Da luta à resistência


Sandra Sena*

Coletivamente
Sou raça negra
Sou da cor humana.
Juntos
Somos o som e a força dos Caetés
Misturando capoeira e toré
Temos a resistência
Desses tão humilhados
E tão esquecidos
Marcados pela força do sistema
Que alimenta a crueldade dos coronéis
À ponto de um ser humano ser um objeto.
Somos raça, coragem e resistência
A luta não pára aqui,
Eu vou correr
Vou salvar o irmão da senzala
Vou tirá-lo das mãos dos senhores de engenho
E acabar com esse mito
Que índio é preguiçoso
Que negro é ladrão
E juntos não são gente.
Com batuque e minha voz
Eu vou incomodar
Eles vão ter que me ouvir
Que aqui
Só tem um povo querendo ser feliz
Afro, Caeté, brancos e mestiços.
 
* Sandra é graduanda em Ciência Sociais e batuqueira do Coletivo AfroCaeté. Mais poesia de Sandra em segredosdaluz.blogspot.com
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